Alguém disse, com muita razão, que a TAG das 28 Perguntas e Respostas Sobre Amor ainda podiam bater certas com os dias de Fevereiro. Não tem mal nenhum responder já a seis delas, dado que hoje é dia 6, e a intenção não é escrever um testamento. Faz de conta que é uma espécie de “duodécimos”. Portanto, vamos a isto.
Já estiveste profundamente apaixonada?
Já, sim senhores. Não me peçam para explicar o que é que define a paixão, que não sou a melhor pessoa para o fazer. Para além de ser uma mulher cheia de peculiaridades, acredito que cada pessoa tem a sua opinião específica sobre a paixão. Penso ser impossível escrever uma fórmula ou receituário que ensine alguém a descobrir se está/esteve apaixonado ou não, mas tenho a certeza que toda a gente sabe do que se trata quando passa pela experiência. Atenção, é importante não confundir a paixão com o amor. Podem andar ambos de mãos dadas, mas pode existir um sem o outro. Já passei pela paixão sem o amor e pelo amor sem a paixão. Isto é, já passei por amor onde a paixão só surgiu depois. Das minhas experiências, paixão é patetice. Já me deu para ficar aluada, mas também já fiquei deprimida e sem fome, a chorar como se tivesse morrido alguém. Para mim, este é o tipo de paixão que vem com a perda. Eu sei, sou uma pinga-amor choramingas.
Qual foi o relacionamento mais longo que tiveste?
O actual. Com intervalos e tudo, já tem mais de quatro anos!
Como é a relação com o teu ex?
Com todos eles. Não é! Até há pouco tempo, tinha a crença de que poderia conseguia conviver de forma socialmente aceitável com eles. Especialmente quando somos jovens (não quer dizer que aconteça sempre nem que seja um exclusivo da juventude), por muito que custe e por melhores que sejam as nossas intenções, há que ter discernimento para perceber que se as coisas correram mal foi porque houve motivos muito fortes para tal acontecer. E mesmo que sejamos óptimas pessoas e, na nossa óptica, não haja espaço para mais do que uma boa amizade (porque se nos envolvemos com uma pessoa é porque ela lá terá as suas coisas boas), a tendência será para eles verem sempre algo mais quando lhes convém. E nenhuma de nós deve ter “pacóvia” escrito na testa.
O que é mais importante num relacionamento?
Honestidade, confiança, vontade e diálogo. É muito importante que os casais mantenham tudo em pratos limpos para que não haja enganos e mal entendidos. É preciso ter paciência e disponibilidade. Especialmente para ouvir, mas também para falar e mostrar disposição para resolver eventuais problemas. Conversar é muito importante e pode ser a solução para muitos problemas. Há dúvidas que corroem, que magoam, mas se nos mantemos no silêncio só contribuímos para que tudo piore. Been there, done that. Imaginem, um elemento do casal faz algo de que o outro não gosta, sem querer. Por outras palavras, estica a corda. O outro elemento não gosta da atitude, mas tem medo de magoar e por isso mantém-se calado. Quem esticou a corda pode continuar a fazê-lo julgando que não está a fazer nada de errado. O elemento ofendido vai acumulando mágoas e mais mágoas, até que um dia o copo transborda e, puff, adeuzinho. Normalmente, todos nós temos um bocadinho dos dois papéis – o da pessoa que magoa e o da pessoa que é magoada. Quem gosta, cuida. Isto passa não só por ter a preocupação e o bom senso de agir bem e respeitando o outro, mas também chamando a atenção quando o outro faz algo que não está bem.
Acreditas em “tempos” num relacionamento?
Há tempos e tempos. Há os tempos que sabemos que significam uma despedida em breve, e estes são a maior cobardia por parte de quem os pede. Há despedidas que se convertem em intervalos e se estes intervalos servem para as pessoas meditarem no que não esteve bem e, eventualmente, fazerem as pazes e consertar o que estava mal, então não foram tempos perdidos. Já passei por isto, e acredito que os erros nos tornam mais crescidos. Para além disso, todos merecemos segundas oportunidades. Na minha opinião, não é preciso “dar tempo” quando se gosta a sério de alguém, porque os problemas são para ser resolvidos em conjunto e não com cada pessoa para o seu lado, de costas voltadas.
Que idade achas apropriada para começar a ter relações sexuais?
Decidi responder a esta questão porque sei que anda por aqui malta mais miúda e nunca é de mais tentar pôr-lhes uns pingos de juízo na mona. Quanto à malta mais velha, não se aflijam, que não quero discriminar ninguém. Não acredito que haja uma idade apropriada para iniciar a vida sexual, embora me custe saber de histórias de jovens muito jovens (por vezes, pré-adolescentes – sim, acreditem que já lidei com histórias destas…) que experimentam só pela questão da afirmação/aprovação social e que depois ficam numa lástima, a sentirem-se péssim@s pelo que fizeram. Mesmo sendo um assunto sem regras, a regra é esta: qualquer idade é boa para começar a ter relações sexuais desde que a pessoa se sinta preparada. Há quem comece aos 14, há quem comece aos 24, há quem comece depois. Há tempo para tudo. É com um amor arrebatador? É com um amigo/amiga em quem há mais confiança? É com uma “curtes”? Ninguém tem nada a ver com isso, o que importa é que a pessoa se sinta preparada, confortável e que tenha todas as precauções possíveis. É importante saber que também se pode (e deve) dizer “não quero” se alguém insistir e não houver vontade da nossa parte. A assertividade é muito importante. Os nossos pensamentos, sentimentos, crenças e direitos devem ser expressados sem medo ou vergonha do que as outras pessoas possam pensar.